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A iniciação científica é um programa de formação do ensino superior que tem por objetivo fomentar a produção e o pensamento científico entre os estudantes de graduação.
Os participantes de projetos de iniciação científica desenvolvem pesquisas que promovem revisões de temas relacionados a seus cursos, apresentam novas teorias e explicações, bem como aplicam pesquisas de campo.
O trabalho da iniciação científica conta com a supervisão de um professor que acompanhará o estudante no percurso de desenvolvimento da pesquisa. Para iniciar uma pesquisa é necessário, antes de tudo, propor uma questão-problema que deve ser respondida ao final do estudo.
Participar de iniciativas como essa possibilita ao estudante vivenciar a rotina de um cientista. Confira as principais etapas de uma pesquisa de iniciação científica:
- Selecionar e ler publicações sobre o tema. Essa etapa é conhecida como levantamento bibliográfico;
- Coletar os dados da pesquisa: essa coleta pode ser feita em pesquisa de campo, como, por exemplo, observar determinado fenômeno, por aplicação de questionários em determinado público, dentre outras maneiras;
- Aplicar procedimentos de análise dos dados coletados.
Ao final da participação, geralmente os estudantes escrevem um artigo científico ou mesmo apresentam os resultados de suas pesquisas em eventos científicos.
Como funciona?
Cada instituição de ensino superior possui a sua forma de inscrever e selecionar propostas de pesquisa para o programa de iniciação científica. O estudante interessado em se inscrever nesse tipo de iniciativa deve estar atento às etapas do processo seletivo.
A participação em um programa de iniciação científica exige a entrega de um projeto de pesquisa sobre determinado tema com a definição de como o trabalho será desenvolvido. Dessa forma, uma boa dica aos estudantes interessados é procurar professores que estudem temas de interesse para que possam submeter a proposta de pesquisa juntos.
Há a possibilidade dos estudantes participarem de programas de iniciação científica em outras instituições de ensino, bem como em centros de pesquisa. Essas oportunidades se tornam interessantes para o estudante vivenciar essa atividade em novos espaços.
A participação nesses programas pode ocorrer de forma voluntária ou com a remuneração de uma bolsa.
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Bolsas
Existem instituições de fomento à pesquisa como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que oferece bolsas de estudo a estudantes de universidades públicas brasileiras. Há também as agências de fomento estaduais, como as Fundações de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP) e do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Essas instituições oferecem bolsas aos estudantes participantes de programas de pesquisa.
O valor médio de uma bolsa do CNPq para estudantes de graduação é de R$ 400, paga para participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Já as bolsas pagas pela FAPESP atualmente são de R$ 800, e da FAPERGS é R$ 400.
Vantagens
Há diversos benefícios para quem participa de projetos de iniciação científica. Confira alguns:
Trabalho de Conclusão de Curso
A iniciação científica possibilita ao estudante entrar em contato com o processo de pesquisa, o que o ajuda no desenvolvimento do seu próprio trabalho de conclusão de curso (TCC). Dessa forma, o estudante pode adaptar, aproveitar ou continuar a pesquisa desenvolvida ao longo da iniciação científica no seu TCC.
Experiência
As vivências da iniciação científica possibilitam ao estudante o desenvolvimento de capacidades como a criatividade, o pensamento crítico e a própria escrita. São diversas as tarefas e habilidades treinadas e aplicadas ao longo de uma pesquisa. Essas experiências ampliam e aprofundam a formação dos estudantes.
Eventos científicos e publicações
As pesquisas desenvolvidas podem ser apresentadas em congressos científicos, de diversos âmbitos, regional, nacional ou até mesmo internacional. A participação nesses eventos agrega conhecimento ao estudante, pois o mesmo entra em contato com pesquisadores de vários locais e com temas diferentes. Os resultados da pesquisa também podem ser submetidos em formato de artigos para revistas científicas.
Horas complementares
A participação em programas de iniciação científica conta como atividade extracurricular. Ou seja, os estudantes podem utilizar a certificação no projeto na composição da carga horária dessas atividades.
Carreira acadêmica
Estudo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações de 2017 revela que estudantes que participam do programa de iniciação científica enquanto estão na graduação têm até 2,2 vezes mais chances de concluir o mestrado e 1,5 maior de completar o doutorado.
O processo vivenciado na iniciação científica permite com que o estudante tenha contato com situações diferentes relacionadas ao fazer ciência. Dessa forma, participar desse tipo de projeto pode auxiliar muito a quem se interessa em seguir a carreira acadêmica, seja como pesquisador ou professor.
Currículo
Participar de projetos de iniciação científica ajuda na ampliação do currículo Lattes, instrumento fundamental no universo acadêmico. Vinculado ao CNPq, este documento agrupa todas as experiências acadêmicas de uma pessoa e é utilizado em processos seletivos para ingresso em mestrado, doutorado ou mesmo em concursos públicos.
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