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O ministro da Educação, Victor Godoy, informou em suas redes sociais nesta sexta-feira (3) que 3.396.597 de pessoas fizeram suas inscrições para o Enem 2022. O exame, conhecido como principal porta de entrada para o ensino superior no país, será aplicado nos dias 13 e 20 de novembro.
Apesar do chefe do MEC (Ministério da Educação) comemorar “um aumento de 10% em relação ao ano anterior”, o número de inscritos na edição de 2022 é o segundo menor desde 2005 —antes, inclusive, do Enem ter o formato de vestibular nacional. Em 2021, foram 3.109.762 participantes.
Segundo o ministro, do total de inscritos:
- 1.368.244 (40,28%) são pagantes;
- 2.028.353 (59,72%) são isentos.
“Importante ressaltar que houve um crescimento de quase 40% no número de isenções, ou seja, mais de 2 milhões de candidatos foram isentos da taxa de pagamento”, informou Godoy.
O ministro, no entanto, não explica quantos dos isentos tiveram o benefício automático (alunos que vão concluir o ensino médio em escola pública neste ano) e quantos tiveram a isenção aprovada pelo sistema do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), responsável pelo Enem.
No ano passado, dos 1,7 milhão de participantes que conseguiram a isenção da taxa, 910 mil tiveram o benefício automático e 822 mil receberam aprovação do Inep. O aumento, então, foi de 17% e não 40%, conforme anunciado pelo ministro.
“Os dados são considerados preliminares até a apuração definitiva, tendo em vista que há casos de processamento dos pagamentos pelas instituições bancárias, processos judiciais, comissão de demandas, além de outras situações excepcionais”, informou o Inep, em nota, três horas depois da publicação de Godoy.
Em 2021, o exame teve sua edição mais desigual, com o pior número de inscritos, baixa de participantes isentos e de não brancos.
Crise
Desde o ano passado, o Inep passa pela pior crise da sua história. Nas vésperas da edição de 2021, dezenas de servidores entregaram seus cargos em protesto contra o atual presidente do instituto, Danilo Dupas.
Servidores afirmam que o chefe toma atitudes sem critério técnico e o acusam também de assédio moral. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a gestão coloca em risco processos do Enem —que deve começar a ser produzido quase um ano antes da edição.
Recentemente, o UOL mostrou que o Inep decidiu renovar, de forma excepcional, o contrato com o consórcio Cesgranrio-FGV, responsável pela aplicação da prova. A opção pelo novo aditivo aconteceu após o instituto atrasar o processo licitatório.
As atividades do consórcio também têm início no primeiro semestre. A organização de divisão dos participantes nos locais de prova disponíveis em todo o país já deveria ter começado a ser feita, por exemplo.
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