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O MEC (Ministério da Educação) anunciou hoje que o resultado do Enem 2022 será divulgado no dia 13 de fevereiro do próximo ano. A informação foi divulgada pelo chefe da pasta, Victor Godoy, em entrevista coletiva.
Já o gabarito oficial do exame será divulgado no dia 23 de dezembro. O ministro não comentou sobre a pergunta de matemática que, segundo professores de cursinhos, não tem resposta correta nas alternativas apresentadas.
O Enem é considerado a principal porta de entrada para o ensino superior. Com a nota da prova, estudantes conseguem se inscrever em programas como Sisu e Prouni, que oferecem vagas em universidades públicas e bolsas nas faculdades privadas, respectivamente.
A prova foi aplicada nos últimos dois domingos, 13 e 20 de novembro. O primeiro dia teve abstenção de 27,9%, já no segundo dia 31,9% dos inscritos faltaram.
“Foi um exame de sucesso. Tivemos pouco casos de reaplicação e as taxas de abstenção foram dentro da normalidade histórica”, afirmou Godoy.
Questões e licitação. O ministro também afirmou que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão ligado ao MEC e responsável pelo Enem, tem trabalhado para atualizar o BNI (Banco Nacional de Itens), que reúne questões do exame.
Godoy negou, no entanto, que o banco sofra escassez de perguntas. Desde o ano passado, no entanto, documentos internos do Inep mostram a falta de itens para elaboração do Enem.
Para esse ano, por exemplo, o exame foi montado com itens inéditos, mas sem passar por todos os processos necessários —elaboração, revisão e pré-teste com estudantes.
Reportagem do UOL mostrou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) deixa o Enem com o BNI escasso e com a licitação da aplicação do exame atrasada. Sobre o processo licitatório, o ministro informou que o trabalho vem sendo feito.
Como foi a prova? Com o banco de questões escasso, o Enem ficou marcado por questões longas, mas conseguiu abordar temas sociais —sempre criticados pelo presidente Bolsonaro.
Nas provas de ciências humanas e linguagens, os candidatos responderam questões sobre Estado de Direito, desigualdade de gênero, fome, entre outros temas. A redação tratava sobre a valorização dos povos tradicionais.
Já no último domingo, professores consultados pelo UOL avaliaram o caderno de matemática e ciências da natureza como “difícil” e “técnico”. O Enem abordou a pandemia da covid-19.
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