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A expectativa e a ansiedade são comuns nas vésperas de acessar o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de vestibulares.
Entretanto, o resultado nem sempre pode ser positivo para os jovens candidatos ao ensino superior. Essas situações geram sentimentos de tristeza e frustação e até mesmo questionamentos quanto a carreira escolhida para estudar.
Com isso, qual é a melhor maneira de lidar com a reprovação e baixo desempenho nesses exames? O Brasil Escola conversou com o coordenador do Serviço de Psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Alaor Carlos de Oliveira Neto, que fala sobre o tema e orienta os estudantes que estão vivenciando essa realidade.
Veja o vídeo abaixo o comentário do especialista sobre o tema:
Como lidar com os resultados e o emocional?
O processo de formação do indivíduo envolve vivências negativas, afirma Alaor Carlos. O que é necessário nessas condições é ampliar o olhar e buscar encarar isso como oportunidade de crescimento.
“Algo que a pessoa alimentou, nutriu, colocou sentimento e dedicação, mas não trouxe o resultado esperado, causa a decepção típica do luto, com todas as suas fases, como a frustração, a negação, a revolta.”
O médico considera que se apropriar dessas vivências negativas como oportunidade de aprendizado é fundamental para os estudantes. “As experiências negativas muitas vezes, são difíceis. Mas depois de digeridas, são essenciais na formação do caráter”, pondera.
O processo de desenvolvimento emocional a partir de situações negativas é importante para os jovens, segundo Alaor. As provas de vestibular e do Enem fazem parte para alguns do primeiro grande desafio da vida, diante da conclusão de um ciclo e início de outro.
“Esse indivíduo se dedicou aos estudos, durante anos. E essa é uma possibilidade de abertura para um outro momento da vida dele. Mas também é uma das fases na qual observamos dois tipos de angústias: a da necessidade da escolha de uma carreira, nem sempre certa; e a da decisão que supostamente “vai determinar o futuro dele”, dependendo do resultado da prova. O insucesso nesse processo traz a recorrência da experiência de mais um ano de estudos e uma sensação de estagnação”
Leia também: como cuidar da saúde mental durante os estudos para o Enem?
Influência do entorno
Nessas situações, além da autocobrança, pessoas próximas podem influenciar na “pressão” vivenciada por esses jovens.
O psiquiatra Alaor enfatiza a importância da dedicação, do compromisso e do comprometimento no processo de preparação para o Enem e vestibulares. Esses fatores são, para o especialista, mais importantes do que o resultado em si.
“O jovem não precisa acertar de primeira nas escolhas. Esse ainda é um momento de caminhos a serem seguidos. E está tudo bem mudar de ideia. Essas experiências, inclusive, são agregadoras”
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Importância do equilíbrio
Para conseguir alcançar determinadas metas e realizar projetos na vida é necessário dedicação e renúncias temporárias, pondera Alaor.
“O fundamental é entender que a vida tem que ser proporcional a nossa vivência, em todos os campos. Mas quando há a percepção de que essa vivência está sendo muito mais sofrida do que o esperado para aquele contexto, é hora de procurar uma ajuda profissional”
É essencial que os estudantes realizem práticas corporais e vivenciem experiências corporais para além das atividades intelectuais.
“Vivências do entorno, em especial as negativas, são maneiras de ensinar que a frustração faz parte do processo e do amadurecimento. São aprendizados importantes para toda a vida”, conclui.
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